terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Primeiro texto do 2º anoo...hauua



Eunápolis, 16 de Março de 2008.


Senhores(as)


Aqui quem fala é um ser, ser esse que está indignado. Venho através desta carta, comunicar-lhes umas coisas, cuja urgência é de enorme significância. Mas antes, é preciso que vocês reflitam um pouco!


Acredito que deve ser muito bom ir ao supermercado e encontrar fácil o que se deseja comer. E quando encontra o alimento de sua preferência é só dá um dinheirinho pro caixa e levar pra casa, não é verdade? E quando chega a hora de ter seus filhos, é só se dirigir a um hospital e esperar que o médico faça tudo, livrando-se das dores e com total segurança!


Nossa senhora, desfrutar essas mordomias devem ser bom. Vocês devem esta se perguntando o que tem demais nisso, não é mesmo?


Pessoal isso que os senhores fazem é impossível pra mim. Pois o pouco que eu posso fazer é nadar muito para encontrar comida, o que às vezes sequer acho. E no caso de ter filhos, é preciso deslocar-me quilômetros pra encontrar um local ideal, e mesmo quando encontro, corre o risco de meus filhinhos morrerem atropelados ou roubados.


É senhores, entenderam a gravidade do meu problema? Imagino que não. Vocês devem esta se remoendo e talvez até com raiva diante da indagação, pois acham que não tem nada a ver com meus problemas. Que eu sou mais uma ser, que esta desiludido com o mundo em que vivemos.


Concordo com vocês. Estou sim desiludido com este mundo, porém, tenho que alerta-los para uma coisa. A vida que vocês levam afeta diretamente na minha, e é por isso que decidir escrever essa carta.


Os senhores costumam compra alimentos em embalagens plásticas, e se dirigirem à praia pra curti um belo dia de sol. Até aí tudo bem! E ficaria, se enxergassem a lata de lixo. O que não é muito comum acontecer, pelo contrário, é de costume encontrá-las jogadas no mar, não é verdade?


Mesmo assim perdoem-me pela franqueza, mas é que eu já perdi muito familiares em decorrência desses atos. Mas como?


Para sua surpresa, sou parente de várias tartarugas marinhas, e claro sou uma também! Meu nome é Vida, e como todas as outras tartarugas dessa espécie, alimento-me de águas-vivas. E é por isso que perdi meus entes queridos, pois vocês ao jogarem sacolas no mar, fazem com que nós confundamos-nas com nosso alimento. E isso senhores, é grave, pois faz com morramos de indigestão.


E se pensam que é só isso, tenho a triste notícia que não. Vocês ao trafegarem com seus carros na beiram da praia, especificamente nas nossas maternidades, coloca em risco a sobrevivência de nossos frágeis filhos. Porém, quero deixar claro que não é preciso deixem transitar com seus carrinhos, mas sim respeitar a nossa desova. Custa andar a pé um certo período de tempo? Acho que não, faz até bem a saúde!


Tem outra coisa também, as luzes de sua cidade confundem e atraem nossos filhotes, fazendo com que eles percam o rumo ao mar e acabem esmagados pelos pneus de seus carros. Sem falar na poluição que suas indústrias causam, seja no ar ou na minha em casa, o oceano. E nesse caso senhores, o interesse não é só meu não, é de vocês também, pois, utilizam-no pra tirar seu sustento.


Os gases estufa que as fábricas lançam na atmosfera, afetam todo o planeta. O aquecimento global, que é decorrente dessa poluição, afeta a todos nós. No meu caso e muito grave, pois como o sexo da nossa espécie é determinado pela temperatura da areia da praia, se o clima fica mais quente, só nasce um só sexo, podendo acarreta nossa extinção.


Estão aí senhores, os efeitos de pequenos costumes e atitudes que poderiam ser evitadas. Não custa lembra-los, que isso afeta não só meus interesses, mas sim “nossas” vidas!


Seria tudo mais fácil se todos nós respeitássemos o meio ambiente que vivemos, pois, se ele decidir rebelar-se, não terá o que se fazer.


Então, peço-lhes sua ajuda pra muda essa situação e evitar “nossa” extinção, pois tenho certeza que ninguém deseja deixar de apreciar o que há de mais precioso, a “Vida”.


Atenciosamente,

Cidadania.