sexta-feira, 17 de abril de 2009

A antiga balinha de açúcar que virou fero¹

Lennon Ramos Pereira

O Iraque é aqui. Esta não é mais uma metáfora preconceituosa ou só o título da canção magnífica interpretada pelo cantor Jorge Aragão. Esta consiste no relato da real situação em que vivemos. Antes temíamos a disseminação de CFC’s na atmosfera, que por sua vez ocasiona a chuva ácida; hoje tememos as “simples” confraternizações humanas, que ocasionam a chuva de balas.

Em pleno réveillon, costumamos acompanhar as comemorações com esperança de um ano novo repleto de felicidades e que o mundo melhore. Porém, o que na verdade pode acontecer se resolvermos ao menos ir a praia é não iniciarmos o ano novo, mas sim finalizarmos a vida velha.

Como evidenciado na reportagem da revista Veja: “NÃO ERAM SÓ FOGOS”, o grande dilema que vivemos hoje é o da sensação de aprisionamento, de reféns de uma realidade de violência e impunidade, na qual “fulano” tem uma arma que funciona como entretenimento, sem nenhuma objeção.

O que antes era presenciado como confraternizações militares, hoje é a evidência do poder das organizações ilícitas que dominam a margem da sociedade, ou até se pode afirmar: que dominam a chamada “nata”; produto que fica sobre o leite, mas que na nossa realidade, refere-se ao líquido estragado.

As “grandes” autoridades passaram da posição de dominadores para dominados. Como na velha teoria da cadeia alimentar, a águia come a cobra que come o rato, e assim se mantém as relações Policiais X Criminosos.

Fazendo um paralelo entre o Eunápolis de 1990 e o atual, temos que na década de 90 o “menininho” brincava com o outro “menininho” de pique esconde e de “pau no litro”; no atual temos que o pique esconde termina em peneira de “menininho” e o “pau no litro” termina em “pau no lombinho”.

Deixando de “brincadeiras” e passando para o sério, a era que vivemos não é somente um acaso, mas sim um resultado do que é disponibilizado para os jovens/crianças/adultos que nos cercam. Sem hipocrisia de uma justificativa para o que acontece, mas vale lembra que na maioria dos casos o que sobrou foi orientação dos pais, mas o que faltou foram oportunidades para seguir as orientações adquiridas.

Portanto, o medo que nos cerca não é só um sentimento pelo que acontece, mas sim pelo que faz o que acontece acontecer! Somos sim restringidos a áreas extremamente delimitadas, gostaríamos de ir e vir em paz, porém, isso não nos é propiciados por falta de gestão, de verificação e principalmente por excesso neutralização. É cômodo eu ficar em casa assistindo ao Jornal Nacional e criticar o que aparece “bunitinho” na tela, mas o que eu estou fazendo pra mudar isso? Consumindo pão com café para pagar impostos a serem investidos na segurança? Senhor, sinto-lhe em persuadir-lhe mas isso não muda nada, só financia.
¹ intimidador.

Mudando o mundo. Regredindo ou evoluindo?


Lennon Ramos Pereira


Desespero, correria, estresse, esses são os elementos que compõem o cotidiano de milhares de estudantes do ensino médio no Brasil. A maioria dos vestibulandos hoje buscam concorrer a vagas em diversas universidades, e isso acarreta, muitas vezes, em pilas de livros diferentes a serem lidos, falta de condições financeiras para realizar as provas, sem contar com a necessidade que a maioria tem de revisar os assuntos no decorrer do 3º ano. A proposta de unificação dos vestibulares vem de encontro com essas questões, pois possibilita aos vestibulandos que não podem se deslocar entre estados, a realização da prova na cidade em que reside, e também diminui a carga de livros a serem lidos. Porém, esse modelo não leva em consideração as diferenças regionais, os desníveis da educação básica no país, entre outras.


Analisando o processo seletivo que as atuais universidades federais adotam, pode-se perceber que há uma diferenciação muito grande no que diz respeito ao modo como é exigido do aluno o conteúdo desenvolvido durante o ensino médio. A UFMG, por exemplo, valoriza a linha de raciocínio lógico e a visão crítica da sociedade, já outras universidades preferem verificar somente o domínio das disciplinas de forma tradicional.


A proposta de unificação dos vestibulares, como pode ser visto na matéria da “Gazeta do Povo Online”, é embasada na transformação do ENEM em um exame nacional de caráter classificatório para o ingresso nas universidades públicas e particulares de todo país. De acordo com o ministro da educação, Fernando Haddad, um grande ponto positivo dessa unificação seria a de que o vestibulando não teria que se dividir entre diversos vestibulares.


Mas a grande discussão entre adotar ou não a unificação gira em torno das diferenças que cada região tem e suas peculiaridades. Nos vestibulares da UESC-BA, por exemplo, é exigido do concorrente os conhecimentos gerais e específicos do Extremo Sul da Bahia, já na UFRJ é cobrado assuntos do contexto carioca, e daí por diante, de modo que cada região se diferencia e age de acordo com seu contexto.


Mas como empregar um processo seletivo nacional levando em consideração as dificuldades e as diferenças no ensino básico?


Essa questão é também um grande paradigma para a formulação deste novo método de avaliação. O reitor da Universidade do Paraná, Zaki Akel, se posicionou contra a unificação justificando-se justamente nas diferenças de ensino no país.


Reformular o modo de ingresso no ensino superior sem modificações no ensino básico é realmente uma inteligente saída? Ou este problema será sanado com a criação de mais cotas “incluístes”?


Não se tem como planejar uma prova nacional relevando fatos que estão evidentes em nossa sociedade. É claro e que há a necessidade da reformulação dos “padrões” de vestibulares existentes, mas isso deve ser feito com muita consciência e realismo. Não é vergonha dizer que os alunos de São Paulo tem muito mais chances de ter uma boa colocação no vestibular da Fuvest em relação aos baianos (pois também é evidente a desigualdade escolar entre estes), mas sim querer fechar os olhos e condizer com o famoso clichê de que “ somos todos iguais”, sendo que somos sim diferentes, somos sim carentes.


Portanto, o que devemos pensar na hora de optar entre a unificação ou não dos vestibulares brasileiros é nas diferenças que hoje temos na nossa sociedade e se essa proposta atende as “reais” necessidades do momento. Não se pode querer revolucionar o mundo de uma hora pra outra sem preparação, mas também não podemos nos fechar a novas possibilidades que vão surgindo. Cabe a cada um a responsabilidade de tentar mudar o que não está contentando, de forma que se chegue a um resultado satisfatório e consistente.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

De "Vorta"!!!

hei galera....confesso que demorou mas agora voltei a tona e vou começar a publicar minhas novas produções o mais breve possível!!!

Podem esperar que vem muita novidade por aí!!!

até breve...

Boa Páscoa para todos!!