sexta-feira, 19 de setembro de 2008



É feriado, vamos reagir!

Lennon Pereira


Nos últimos tempos é possível notar que a massa trabalhadora de nossa sociedade se tornou passiva. Em 1º de Maio de 1886, milhares de trabalhadores promoveram uma greve geral em Chicago, para reivindicarem seus direitos, marcando este dia como símbolo de “luta”. Porém, hoje isso se tornou uma banalidade, de forma que neste dia e nos demais do ano, os trabalhadores não reagem mais, não lutam pelos seus direitos, e só se utilizam deste feriado para lazer e diversão.

A partir de uma pesquisa, na qual se entrevistou o Sr. Givaldo Garcia e Sra. Aurenice Santos é notável que no feriado de primeiro de maio, os trabalhadores sabem o que representa este dia, mas não reagem, ficam simplesmente parados em casa utilizando este tempo como lazer, e as melhorias de trabalho que deveriam ser feitas, são jogadas sob responsabilidade dos governantes, que por sua vez acomodam-se na poltrona e nada fazem.

Toda essa questão não envolve só disponibilidade, mas sim problemas mais complexos. Se nos tempos atuais alguém como o carregador 35, “personagem” do texto “Primeiro de Maio” de Mário de Andrade resolvesse sair pelas ruas a procura de melhorias acerca do trabalho, certamente seria taxada de “sem que fazer”. Contudo, é possível notar que não é só uma questão de vontade, mas sim de coragem que precisamos ter para enfrentar os paradigmas que nos são impostos.

Deste modo, formamos cidadãos que aceitam facilmente as imposições hierárquicas que lhes são impostas, pois quando não cobramos dos nossos governantes ou “superiores”, estes nos impõem suas vontades e de nada podemos reclamar. Não tem como mudar as relações trabalhistas se os trabalhadores se omitirem e esperarem que “os outros” façam alguma coisa.

Contudo, precisamos tomar atitudes. Não adianta ficar em casa reclamando sendo que os interesses de melhorias são nossas. Os empregadores não têm interesse em diminuir as jornadas de trabalho e muito menos o salário. Não devemos nos omitir só por que muitos permanecem em casa descansando. Devemos ir à luta, pois se não nos movermos, com certeza os “papões” capitalistas “moveram seus pauzinhos”, e certamente não será a nosso favor.

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